segunda-feira, 20 de outubro de 2008


20 de outubro de 1990.
Nessa data, nascia a versão brasileira da mistura de música com televisão.
A MTV Brasil.

Minha história com a MTV é longa. É quase um caso de amor, com direito a todos os clichês.
O nosso primeiro encontro foi assim que lançaram a TV a cabo. Lembro do técnico na sala da minha casa mostrando todos os novos canais que teríamos acesso. De repente, vejo a então musa do axé, Daniela Mercury, cantando O Canto da Cidade.
Foi com esse clipe que percebi que existia um canal, digamos assim, diferente, moderno. E que ainda tocava música!
Mas o romance de verdade só foi acontecer bem mais tarde, quando eu descobri que existiam coisas melhores na TV do que Jaspion, Changeman, entre outros.

Foram momentos bem divertidos, horas em frente à TV, dezenas de fitas VHS com clipes gravados, e-mails, visitas, promoções, verões, Projeto Piloto.
Enfim, muita coisa!

Até pensei em colocar aqui algumas coisas que me marcaram, relembrar alguns VJs, programas, vinhetas, clipes. Mas o texto ficaria muito grande e eu poderia deixar alguma coisa de fora.

Pra não deixar passar em branco essa data tão importante, nada melhor do que o tradicional parabéns via blog. Né?

MTV Brasil, parabéns pelos seus 18 anos!

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Sex And The City

Nunca fui fã de Sex And The City. Lembro de quando a série estourou, virou sucesso, mania, moda. Alguns amigos amavam aquelas quatro mulheres falando de sexo o tempo todo. E eu nem dava bola. Achava chato sem mesmo ter visto um episódio. Confesso. Tinha um preconceito. Sabe aquela coisa, não vi e não gostei? Pois é. Eu era assim.
Bom, já deu pra imaginar o que aconteceu depois que eu vi pela primeira vez, certo?


Comecei o processo ao contrário. Depois de quatro anos do término da série, eis que Carrie, Samantha, Charlotte e Miranda reapareceram. Muito mais maduras, modernas e com o papo ainda mais afiado sobre sexo.
O lançamento do filme foi um sucesso. Fãs da série ficaram ainda mais felizes com o retorno da mulherada e suas histórias, amores, paixões e claro, muito sexo.
Não tinha a mínima vontade de assistir ao filme, já que nunca tinha visto nada da série. Só que acabei me rendendo. Na verdade, eu não tive opção.

Estava em Londres, visitando minha prima Joanna e quando cheguei, ela já tinha programado com as amigas de ir ao cinema. E sem eu saber, também já estava convocado. Ok! Topei. Pensei na experiência de ver um filme em um cinema londrino, pra ver se existia alguma diferença do Brasil, se a sala era maior, de melhor qualidade, essas coisas. E como não teria legenda, a probabilidade de eu entender 100% do filme era quase nula.
Resultado?
Foi tudo ao contrário.
A sala de cinema não tinha nada de diferente, a pipoca era igual e o filme... Bom, o filme... Mesmo sem legenda consegui entender toda a história. E adivinhem? Gostei! Adorei. Fiquei com vontade de saber como tudo começou.
Não deu outra. De volta ao Brasil, a primeira coisa que fiz foi assistir desde a primeira temporada, mesmo já sabendo o que aconteceria no final de tudo isso.



Sex And The City é viciante. Carrie, Samantha, Charlotte e Miranda são apaixonantes. Os episódios são bem escritos, bem dirigidos e bem conduzidos através do tema principal da série: o sexo. Mas nem por isso ele torna-se o personagem principal.
As quatro melhores amigas seguem caminhos diferentes, vivem cada uma à sua maneira, possuem desejos distintos, mas na hora do almoço ou do café ou da janta, quando se encontram, se transformam em uma só.

Carrie Bradshaw (Sarah Jessica Parker) é a principal. Tem uma coluna em um jornal de Nova York chamada Sex And The City e ama sapatos (Manolo Blahnik, de preferência). É a mais “em cima do muro” das quatro e a mais burra em relação ao amor. Talvez a mais “problemática” (não sei se é bem essa a palavra), mesmo sendo expert no assunto (amor e sexo). E todo o seu dom de ajudar as mulheres através do que escreve só não favorece uma única pessoa: ela mesma!


A mais quente de todas, sem dúvida alguma, é Samantha Jones (Kim Cattrall). Só pra ter uma noção básica, metade de Nova York já passou pela sua cama. E mesmo com tanto “fogo”, procura fugir do amor sempre que ele aparece.

Miranda Hobbes (Cynthia Nixon) é workaholic. Desiludida. Um pouco negativa, digamos. E profissional em esconder seus sentimentos. Só não chega a ser tão radical com o amor quanto Samantha.



Charlotte York (Kristin Davis) é a queridinha. Meiga, elegante, inteligente e apaixonada pelo amor. Vive em função de uma sociedade com valores ditados por seus integrantes e sente-se pressionada pela idade. Precisa casar (de véu e grinalda), ter filhos e viver como uma família feliz (tipo aquelas de propaganda de margarina).



Quatro amigas. Quatro mulheres inteligentes. Apaixonadas por moda, homens (e até mulheres, de vez em quando), independentes. Mulheres da cidade, cosmopolitas. Modernas!

Mas a série não vive só delas. Os personagens coadjuvantes são fundamentais para o complemento das histórias. Como por exemplo, o Mr. Big (Chris Noth), grande amor de Carrie, que só tem o nome revelado no último episódio da última temporada, na última cena.
Além dele, tem o Steve (David Eigenberg), Aidan (John Corbett), Maria (interpretada pela brasileira Sonia Braga), Trey (Kyle MacLachlan), Harry (Evan Handler), Stanford (Willie Garson), Anthony (Mario Cantone), entre outros, e também algumas participações especiais de Jon Bon Jovi, Lucy Liu e Mikhail Baryshnikov.

(Steve, Aidan, Harry e Stanford)

(Maria, Trey e Anthony)

Sex And The City é o retrato da mulher independente, consumista. Virou tendência, fez moda, aconselhou mulheres e ajudou a mudar o comportamento de muitas pessoas.
Se você assistir alguns episódios, com certeza, em algum momento, vai perceber que já passou por algo parecido (ou igual). Cada capítulo é baseado naquilo que Carrie escreve na sua coluna (e várias vezes fiquei com vontade de anotar algumas coisas que ela dizia).
Anotei uma que achei boa, do episódio “Eu amo Nova York”, o último da quarta temporada:
“Talvez os nossos erros escrevam nossos destinos. Se não, o que mais formaria nossas vidas? Talvez, se nunca mudássemos de direção jamais nos apaixonaríamos ou teríamos bebês, ou seríamos quem somos. Afinal de contas, as estações mudam. As cidades também. As pessoas entram e saem de sua vida. Mas é bom saber que quem se ama está sempre no seu coração. E, se você tiver muita sorte, a um vôo de distância”.

Dizem que vem por aí um segundo filme e que Candace Bushnell (autora do livro que deu origem a série) já assinou contrato para escrever um livro contando a vida de Carrie na adolescência (que provavelmente também se tornará um seriado).

Mas não é preciso esperar por um novo filme ou por uma nova série para acompanhar a vida dessas mulheres modernas. Basta olhar para o seu lado, no seu trabalho ou na sua própria casa, que você vai encontrar uma Carrie ou uma Samantha ou uma Charlotte ou uma Miranda.
Quem sabe até encontre todas elas juntas.
Não duvide!


segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Viva o Cinema!

Ontem, dia 31 de agosto, foi o último dia do 19º Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo.
Foram muitos dias de filmes, encontros, contatos, surpresas e criatividade.
Muita criatividade!
E isso é bom. Quer dizer, isso é ótimo!
Não é toda hora que uma oportunidade como essa aparece. E ver filmes é sempre válido.

Como sou formado em Cinema, toda vez que eu sento naquelas poltronas e começo a assistir aos filmes, saio da sala com vontade de escrever mais roteiros, fazer mais filmes, criar, dirigir. É uma sensação muito boa. Parece que nesses momentos as idéias surgem com mais facilidade e o amor pelo cinema aumenta.
A vontade maior mesmo é de sair da sala e na rua já encontrar a equipe formada, set preparado, atores posicionados e gritar “Ação!”.
Claro que toda essa empolgação surge devido aos bons filmes que passaram na última sessão.
E já que o assunto é filme de qualidade, nada melhor do que comentar alguns que foram os grandes destaques do festival.

Na noite de abertura, no dia 21 de agosto, tive o prazer de assistir Blackout, primeiro curta de Daniel Rezende como diretor.
Daniel foi indicado ao OSCAR de melhor montagem por Cidade de Deus e em apenas um dia de filmagem, realizou seu primeiro curta. Tudo feito na camaradagem, como ele mesmo diz, já que a equipe de Ensaio Sobre a Cegueira (novo longa de Fernando Meirelles) foi aproveitada.


Cena de Blackout: Augusto Madeira e Wagner Moura


Na mesma noite, outros filmes maravilhosos foram apresentados, como Próximo Andar (Next Floor, de Denis Villeneuve, do Canadá), Mamãe Eu Fiz Um Super-8 Nas Calças (de Carlos Zílio) e Eu Sou Bob (I Am Bob, de Donald Rice, da Inglaterra).

Na Mostra Brasil, filmes de todos os cantos desse país deram o ar da graça pelo festival.
Destaco alguns, como: Entre Cores e Navalhas, de Iberê Carvalho; Os Filmes Que Não Fiz, de Gilberto Scarpa; Muito Além do Chuveiro, de Poliana Paiva; Terra, de Sávio Leite; Esboço Para Fotografia, de Bruno Carneiro; Phedra, de Cláudia Priscilla; La Dolorosa, de Odilon Rocha e Relicário, de Rafael Gomes.

Os Filmes Que Não Fiz, Muito Além do Chuveiro, Phedra e La Dolorosa

E vendo o guia de programação do festival me deparei com três produções catarinenses, de colegas da mesma faculdade que me formei: Sofia, de Alexandre Franco; Ouroboro, de Maurício Antonangelo e A Caminho, de Sebastião Braga.
Viva o cinema catarinense!
Viva o cinema brasileiro! E o cinema do mundo inteiro!
E viva os festivais, claro! Porque, sem eles, os profissionais do cinema não teriam a oportunidade de mostrarem suas obras de arte.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Como era verde o meu vale...

Lá estava eu navegando pelo Orkut e de repente vi umas fotos muito engraçadas de um amigo meu. Umas fotos antigas, da turma dele. Achei demais! E resolvi matar a saudade da minha turma.

Fui olhar minhas fotos e fui me lembrando de muita coisa. Daquela turma que brincava na rua perto de casa, pulava o muro da escolinha que tinha por ali, tocava a campainha dos vizinhos. Fazia de tudo um pouco!

A única preocupação que tínhamos era o colégio. As provas, os trabalhos. Fora isso, tudo era motivo pra diversão. Ou pra briga, claro. Qual é a turma que nunca brigou? E naquela época, mesmo depois de tudo voltar ao normal, ninguém tinha a coragem de olhar no olho do outro e dizer “Eu Te Amo”. Motivos bobos, coisa de criança. Talvez naquele tempo ninguém soubesse direito o que era amar alguém de verdade.

E a turma só dava certo porque cada um tinha o seu próprio jeito e suas irreverentes manias. O gosto musical era quase parecido. E o de filmes também!
Quantos sábados passamos juntos comendo pipoca e vendo filmes de terror ou indo ao cinema ou assistindo MTV e torcendo pelo seu artista preferido no Top 20. Ai... quanta coisa a gente fez! Como éramos felizes e não sabíamos! Ou sabíamos?

Só que, infelizmente, ninguém vive na Terra do Nunca (a não ser o Peter Pan e sua turma, óbvio).

Crescemos. Viramos gente grande. Mas cada um continuou com seu jeito, com suas manias. Só que dessa vez, bem longe daquela rua que foi cenário de muitos momentos felizes e marcantes.

Hoje é cada um no seu canto, seguindo o seu destino, o seu futuro.
Não imaginávamos que daquela turma surgiriam advogados, médicos, cineastas, estilistas, psicólogos.

O tempo passou e aquela convivência diária acabou. As lembranças? Continuam guardadas junto com todos aqueles momentos que foram fundamentais pra turma.

Mesmo longe uns dos outros, o sentimento é o mesmo.
Desde sempre e pra sempre.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Hilda Furacão

O ano era 1998, finalzinho de julho. Estava passando minhas férias em São Paulo, junto com amigos de Criciúma. Sabe aqueles passeios turísticos? Visitar o Memorial da América Latina, se divertir no Playcenter, conhecer o zoológico. Enfim, bem coisa de excursão.
Eu tinha 12 anos e lembro que numa quinta-feira, dia 23 de julho, ficamos até mais tarde no hotel porque minha prima era obrigada a assistir o último capítulo da minissérie mais comentada daquele ano: Hilda Furacão.


Dez anos se passaram.

Já morando em São Paulo, resolvi ir até a locadora. Nenhum filme da estante me chamou a atenção e pensei em alugar um seriado. Por que não uma minissérie, não é mesmo? Qual? Hilda Furacão, claro!
Bastaram os primeiros minutos para eu entender toda aquela fixação que a minha prima teve na época. Eu já desconfiava que fosse muito bom, pois vindo de Joanna, é sempre uma ótima dica!

Acredito que acompanhar a minissérie na época teria sido muito mais empolgante. Tem toda aquela coisa de ficar na expectativa para o próximo capítulo, comentar no colégio com os amigos, conhecer novos atores.
Mas a experiência de acompanhar pelo DVD também vale muito a pena!

A minissérie é uma adaptação do romance de Roberto Drummond e foi escrita por Glória Perez e dirigida por Wolf Maya.
Pra quem não conhece a história, um resuminho básico: Hilda Müller é uma jovem da alta sociedade de Belo Horizonte e muito requisitada pelos homens da cidade. Acaba ficando noiva de um deles, mas desiste de tudo no dia do casamento, graças a algumas revelações feitas pela cartomante Madame Janete. Depois de brigar com a família e com o ex-futuro noivo, ela foge e acaba na zona boêmia de Belo Horizonte. O resto, já dá pra imaginar, né?

Hilda Furacão é sensacional por vários motivos.
O primeiro de todos é Ana Paula Arósio.
Ela já era conhecida no mundo da moda (principalmente pelas capas da revista Capricho) e acabou virando atriz. Sua primeira novela foi Éramos Seis, em 1994, que passava no SBT. Depois vieram Razões de Viver e Ossos do Barão.
Mas o grande sucesso só veio mesmo com Hilda Furacão, na Rede Globo. E que sucesso!
Ana Paula se revelou uma excelente atriz e deu vida a uma das mais famosas prostituas da televisão brasileira. Uma mulher determinada, apaixonante, segura, elegante e inteligente. Características apresentadas ao público de uma maneira competente através do impecável trabalho de Ana Paula Arósio.



Rodrigo Santoro já era conhecido pelos brasileiros quando aceitou interpretar o Frei Malthus. E acredito que ele não se arrependeu até hoje.
Malthus nasceu em Santana dos Ferros e decidiu morar em Belo Horizonte para se tornar Santo no Convento dos Dominicanos. Mas adivinha quem aparece no meio do seu caminho? O pecado em pessoa. O furacão. Ela mesma. Hilda!
A atuação de Rodrigo chega a ser assustadora de tão perfeita. Toda a agonia por causa de Hilda, o desejo proibido, o pecado, o medo, a dúvida, a inquietação. Cada detalhe perfeitamente estudado e brilhantemente interpretado.


Mas existem outros personagens que também merecem destaque.
Paloma Duarte como a cômica prostituta Leonor que sonha em encontrar o príncipe encantado; Danton Mello que interpreta o jornalista Roberto Drummond (autor do livro que inspirou a minissérie) e também é o narrador de toda a história; Eva Todor, a beata Loló Ventura que defende a igreja com unhas e dentes; Matheus Nachtergaele que interpreta o travesti Cintura Fina, “madrinha” de Hilda Furacão; Rosi Campos como Maria Tomba-Homem; Arlete Salles como Madame Janete; Thiago Lacerda como Aramel que sonha em se tornar astro de Hollywood; Cláudia Alencar como a prostituta Divinéia; Paulo Autran como o Padre Nelson; entre outros.

Leonor, Roberto Drummond, Loló Ventura e Cintura Fina


Hilda Furacão vale a pena por tudo.

E como disse Madame Janete: “Ninguém foge do seu destino. O que Deus risca, ninguém rabisca”.

É isso!
Buenas!

Vitor.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

?!?


Só pra dizer que eu não abandonei o blog.
Criatividade zero!
Eu voltarei. Em breve! Prometo.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Doze de junho!

12 de junho. Essa data tem algum significado pra você?
Na Rússia é dia da independência. Em Filipinas também. E no Brasil? Dia dos namorados, claro!

Na verdade não vou falar nada sobre o dia dos namorados. Confesso que foi só uma desculpa pra voltar a postar no blog, já que abandonei isso daqui. Mas teve um motivo: estava viajando e não tive tempo de parar para escrever.

Não vejo a hora de contar sobre a viagem. Foi sensacional! E um dos destinos foi Paris!
Nossa! Que cidade! Que lugar! Voltei apaixonado!

Hummm... Paris... apaixonado... dia dos namorados...

Bom, encerro meu post de hoje com uma frase que eu li e achei muito boa:
"É maravilhoso ser casado, mas é importante saber a hora de parar, para esse final não ficar sujo, pra você não ficar jogando merda no ventilador naquele passado brilhante".

Boa, né?

É isso! Buenas!

Vitor.