sexta-feira, 11 de julho de 2008

Hilda Furacão

O ano era 1998, finalzinho de julho. Estava passando minhas férias em São Paulo, junto com amigos de Criciúma. Sabe aqueles passeios turísticos? Visitar o Memorial da América Latina, se divertir no Playcenter, conhecer o zoológico. Enfim, bem coisa de excursão.
Eu tinha 12 anos e lembro que numa quinta-feira, dia 23 de julho, ficamos até mais tarde no hotel porque minha prima era obrigada a assistir o último capítulo da minissérie mais comentada daquele ano: Hilda Furacão.


Dez anos se passaram.

Já morando em São Paulo, resolvi ir até a locadora. Nenhum filme da estante me chamou a atenção e pensei em alugar um seriado. Por que não uma minissérie, não é mesmo? Qual? Hilda Furacão, claro!
Bastaram os primeiros minutos para eu entender toda aquela fixação que a minha prima teve na época. Eu já desconfiava que fosse muito bom, pois vindo de Joanna, é sempre uma ótima dica!

Acredito que acompanhar a minissérie na época teria sido muito mais empolgante. Tem toda aquela coisa de ficar na expectativa para o próximo capítulo, comentar no colégio com os amigos, conhecer novos atores.
Mas a experiência de acompanhar pelo DVD também vale muito a pena!

A minissérie é uma adaptação do romance de Roberto Drummond e foi escrita por Glória Perez e dirigida por Wolf Maya.
Pra quem não conhece a história, um resuminho básico: Hilda Müller é uma jovem da alta sociedade de Belo Horizonte e muito requisitada pelos homens da cidade. Acaba ficando noiva de um deles, mas desiste de tudo no dia do casamento, graças a algumas revelações feitas pela cartomante Madame Janete. Depois de brigar com a família e com o ex-futuro noivo, ela foge e acaba na zona boêmia de Belo Horizonte. O resto, já dá pra imaginar, né?

Hilda Furacão é sensacional por vários motivos.
O primeiro de todos é Ana Paula Arósio.
Ela já era conhecida no mundo da moda (principalmente pelas capas da revista Capricho) e acabou virando atriz. Sua primeira novela foi Éramos Seis, em 1994, que passava no SBT. Depois vieram Razões de Viver e Ossos do Barão.
Mas o grande sucesso só veio mesmo com Hilda Furacão, na Rede Globo. E que sucesso!
Ana Paula se revelou uma excelente atriz e deu vida a uma das mais famosas prostituas da televisão brasileira. Uma mulher determinada, apaixonante, segura, elegante e inteligente. Características apresentadas ao público de uma maneira competente através do impecável trabalho de Ana Paula Arósio.



Rodrigo Santoro já era conhecido pelos brasileiros quando aceitou interpretar o Frei Malthus. E acredito que ele não se arrependeu até hoje.
Malthus nasceu em Santana dos Ferros e decidiu morar em Belo Horizonte para se tornar Santo no Convento dos Dominicanos. Mas adivinha quem aparece no meio do seu caminho? O pecado em pessoa. O furacão. Ela mesma. Hilda!
A atuação de Rodrigo chega a ser assustadora de tão perfeita. Toda a agonia por causa de Hilda, o desejo proibido, o pecado, o medo, a dúvida, a inquietação. Cada detalhe perfeitamente estudado e brilhantemente interpretado.


Mas existem outros personagens que também merecem destaque.
Paloma Duarte como a cômica prostituta Leonor que sonha em encontrar o príncipe encantado; Danton Mello que interpreta o jornalista Roberto Drummond (autor do livro que inspirou a minissérie) e também é o narrador de toda a história; Eva Todor, a beata Loló Ventura que defende a igreja com unhas e dentes; Matheus Nachtergaele que interpreta o travesti Cintura Fina, “madrinha” de Hilda Furacão; Rosi Campos como Maria Tomba-Homem; Arlete Salles como Madame Janete; Thiago Lacerda como Aramel que sonha em se tornar astro de Hollywood; Cláudia Alencar como a prostituta Divinéia; Paulo Autran como o Padre Nelson; entre outros.

Leonor, Roberto Drummond, Loló Ventura e Cintura Fina


Hilda Furacão vale a pena por tudo.

E como disse Madame Janete: “Ninguém foge do seu destino. O que Deus risca, ninguém rabisca”.

É isso!
Buenas!

Vitor.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

?!?


Só pra dizer que eu não abandonei o blog.
Criatividade zero!
Eu voltarei. Em breve! Prometo.